UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE LETRAS

TEORIAS DO TEXTO

PROFESSORA ÉLIDE VIVAN

ALUNA: SAMARA APARECIDA CAMARGO DE SOUZA

OFICINA DE LEITURA – TEORIA E PRÁTICA

Ângela Bustos Kleiman

O livro escrito por Ângela B.Kleiman oferece um convite ao professor para que este faça um questionamento da sua formação profissional, repensando sua proposta de trabalho. Fazendo o uso de conceitos, voltados para a aprendizagem dentro do processo de ensino da leitura e sem fixarem-se aos métodos habituais. Utilizando como principal instrumento, a interação do professor com o aluno.

A autora sugere que os docentes eliminem as reproduções dos métodos pedagógicos existentes. Enfatizando que, grande parte dos educadores, não possuem os conhecimentos técnicos necessários para o desenvolvimento do ensino da Leitura prejudicando acentuadamente, a qualidade do ensino nas Unidades Escolares. Somente a integração entre o educador e educando, pode resultar, em melhorias no processo de ensino. Um professor inserido na realidade social de cada comunidade é um passo importante para o desenvolvimento de uma relação sadia, no ambiente escolar.

Geralmente, as escolas, desfavorecem o desenvolvimento da capacidade leitora do aluno. Pois ,o contexto escolar não ressalta os objetivos específicos em relação a essa atividade. Nele a atividade de leitura é difusa e confusa, muitas vezes constituindo-se apenas em uma justificativa para cópias, resumos, análise, e outras tarefas de ensino da língua. Saber os objetivos de uma leitura ajuda as crianças e até mesmos os adultos a evitar que distraiam-se ou percam o sentido da leitura. Assim, Ângela, destaca-nos, a importância de ler em voz alta para que o leitor principiante preocupe-se em aprender com a pronúncia correta, o ritmo e a entonação das palavras. A leitura para os alunos deve ser alegre e prazerosa e com isso, o educador conseguirá atrair o leitor para o mundo das linguagens.

Kleiman entende que uma má formação da oralidade, leva o leitor principiante, a uma cegueira ortográfica. Afirmando que, não se pode erigir o gosto pela leitura, sem atividades motivadoras. Principalmente, para aquelas crianças, as quais a oralidade faz parte do seu dia a dia. E que não possuem quaisquer compromissos, com o aprendizado. Portanto, o letramento é um ponto crucial para demonstrar a importância do ato de ler, sendo este, um processo mais amplo do que a alfabetização. Enfocando-se nos aspectos socioculturais e na obtenção da linguagem escrita. Assim, para que o processo de letramento esteja implantado no contexto escolar, faz-se necessário, usar recursos compatíveis com a realidade dos alunos, das mais variadas formas encontradas em seu cotidiano.

A prática da leitura está presente em nossas vidas, desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos de certa forma, lendo. Embora, muitas vezes, não nos demos conta. A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se lê. Segundo Ângela, é necessário permitir, que o leitor apreenda o sentido do texto, não podendo transformar-se em mera decifração de signos linguísticos sem a compreensão semântica dos mesmos.

Ângela B. Kleiman conclui que um trabalho pedagógico realizado pela escola, demanda inúmeras mediações do educador, estabelecendo uma parceria com o aluno durante o processo de ensino da leitura, com negociações produtivas e construtivas para o desenvolvimento de atividades relacionadas a uma proposta de trabalho mais concreta do educador. Sem que haja uma simples transferência de conhecimentos do professor para o aluno, com formas diferenciadas de oralidade e escrita.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

KLEIMAN, Ângela B. Oficina de Leitura. Teoria e Prática. Campinas: Pontes, 1999.